Olá Susana!

Muito obrigada pela tua visita ao Fórum Almeida em http://forumalmeida.blogspot.com/ , pelo interesse que tens dedicado a Almeida, bem como as aldeias históricas como um todo!

Demorei um pouquinho a responder-te, para dedicar alguma disponibilidade a apreciar as iniciativas que estás a dinamizar neste blogue. De facto, é importante que as sinergias e esforços se juntem para uma maior sensibilização e divulgação do rico património histórico das nossas aldeias históricas. Parabéns pela energia depositada, pelo “atrevimento” de sair da casca e pela perspectiva determinada! Não esmoreças. É preciso mais pessoas como tu.

Nós também pensamos que é importante o universo de aproximação digital para que uma aproximação efectiva entre as pessoas e as comunidades possa começar a acontecer. De momento, estamos a tentar isso mesmo no nosso espaço, apelando a uma maior consciencialização do risco das febres interventivas sobre o legado histórico, que se podem tornar descaracterizadoras. Se queremos valorizar o que é genuíno e único, não podemos permitir que as camadas mais modernas se sobreponham de tal forma às mais antigas que se perca a alma do lugar. Com isto, não se pretende impedir a adequação aos tempos actuais, como se alega frequentemente para tentar branquear as opções geralmente tomadas contra o sentir local das pessoas. A realidade mais profunda acaba sempre por saltar à vista, tornando-se uma evidência.

Para obviar, é preciso que a mensagem passe entre os cidadãos, sem distorsões nem superficialidades: haja boa vontade e determinação de todos os que se sentem parte de uma cultura! E as pessoas de cultura têm o dever de pugnar pelo bem colectivo. Para não cairmos na barbárie dos interesses individualistas.

Neste momento, temos em Almeida uma luta difícil, mas convicta, com muitas frentes, pelo património físico e humano, procurando pugnar por alternativas de maior respeito pela identidade local. Penso que o esforço é (deverá ser) comum.

Lusofonia apaixonada pelos nossos recantos únicos humildes e esquecidos, tantas às vezes à mercê das aves de rapina que não vêm do céu, mas da terra, juntem-se a vossa à nossa voz! Se hoje parecemos poucos, a verdade é que somos cada vez mais!

Abraço!